quinta-feira, 21 de junho de 2012

Feira do Vestibular 2012 UFPA acontecerá nos dias 27, 28 e 29 de junho.


Com o objetivo de fazer a integração do Ensino Básico com o Ensino Superior, a Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (Proeg) da Universidade Federal do Pará (UFPA) promove, nos dias 27, 28 e 29 de junho, a XIV Feira do Vestibular (FeiVest) da UFPA. Realizada no Campus do Guamá da Cidade Universitária Professor José da Silveira Netto, a FeiVest visa mostrar aos futuros vestibulandos o perfil dos profissionais que compõem cada curso de graduação da UFPA, além de contribuir para a melhoria da qualidade da Educação.
Segundo o assessor da Proeg, professor Mauro Magalhães, a Feira do Vestibular será composta por uma média de 65 estandes. “Todos os cursos de Belém, assim como os cursos dos campi serão representados na Feira. Por exemplo, Engenharia de Minas e Engenharia de Materiais, de Marabá, Medicina Veterinária, de Castanhal, Engenharia de Pesca e Biologia Marinha, de Bragança, entre outros, trarão representantes para a FeiVest”, afirma o professor.
Olimpíadas – Uma novidade da Feira do Vestibular 2012 é a criação das Olimpíadas da FeiVest, que visam estimular os estudantes do 3º ano do Ensino Médio de escolas das redes pública e privada do Estado do Pará. As olimpíadas serão compostas por jogos com perguntas variadas relativas ao conteúdo programático do Processo Seletivo UFPA 2013, as quais acontecerão no Auditório do Centro de Convenções Benedito Nunes (CCBN), da UFPA.
Para participar, cada escola deve eleger dois representantes, que participarão das olimpíadas. As inscrições devem ser feitas pelo diretor da escola, até as 12h do dia 20 de junho, por meio de um e-mail, que deve ser enviado à Coordenação da Feira do Vestibular (feivest@ufpa.br), indicando o nome dos alunos representantes, assim como seus dados de RG e CPF. A olimpíada será dividida em etapas de perguntas eliminatórias. Os classificados na etapa final responderão a cinco perguntas individuais e a cinco questões relâmpagos. Aquele que obtiver uma maior pontuação será o ganhador da olimpíada, sendo premiado com um Certificado de Mérito e um Ipad.
Edições passadas – A Feira do Vestibular surgiu em 1994, a partir de uma necessidade de orientar os alunos. Com algumas edições no Ginásio de Esportes da UFPA e outras edições externas, no Shopping Castanheira, a Feira deixou de existir durante sete anos. Em 2009, ela foi retomada, acontecendo, a partir de então, anualmente, no Campus do Guamá da UFPA. “Estamos crescendo. No ano passado, tivemos cerca de 15 mil visitantes na Feira. Este ano, acredito que o número será maior. É possível que chegue a 25 mil visitantes, ao longo dos três dias de Feira.”, diz o professor Mauro.
Saiba mais no site da Proeg
Texto: Paloma Wilm – Assessoria de Comunicação da UFPA
Foto: Alexandre Moraes

Política de Ação Afirmativa é tema de audiência pública na UFPA


A sessão foi solicitada à Reitoria por movimentos sociais ligados à valorização de grupos, historicamente prejudicados pela discriminação no Brasil, a exemplo dos negros, disse a coordenadora do Grupo de Trabalho Afro-Amazônico da UFPA, professora Zélia Amador. “Ações afirmativas referem-se a grupos que acumularam prejuízos ao longo do tempo pela discriminação. Não diz respeito apenas aos negros, mas também à questão do gênero, da orientação sexual, dos povos indígenas, dos quilombolas, dos portadores de deficiência, entre outros”, explicou. “A ideia é traçar mecanismos para que esses grupos alcancem um patamar de igualdade com aqueles que não sofreram prejuízos.”
Cotas – O ponto alto da audiência deve ser a reflexão sobre o sistema de cotas no Processo Seletivo. Atualmente, a UFPA destina 50% das vagas de cada curso para estudantes oriundos de escolas públicas e, dentro dessa quantidade, 40% para os autodeclarados negros. “A cota cor representa apenas 20% do total de vagas ofertadas porque está vinculada à escola pública. Portanto, é preciso discutir a questão separadamente, já que uma se refere à questão de classe social; a outra, à questão racial. Não, necessariamente, negro é sinônimo de pobreza", comentou a professora Zélia."Tendo em vista a decisão do Supremo Tribunal de Justiça Federal (STJF), que votou pela constitucionalidade do sistema de reserva de vagas raciais nas universidades federais brasileiras e no ProUni, torna-se urgente discutir a desvinculação entre cota cor e cota escola."
A proposta inicial é que, além de desvincular a cota cor da cota escola, sejam avaliadas as reservas de vagas para portadores de deficiência, quilombolas e indígenas – para os dois últimos, não seria aplicada seleção especial. “Dados do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA) apontam que, no Pará, há mais de 400 comunidades remanescentes de quilombos. Esse número é o terceiro maior do País, atrás apenas de Bahia e Maranhão”, frisou a professora Zélia. “São populações que não podem ser ignoradas.”
Discriminação – Para a assessora de Diversidade Étnico-racial da UFPA, professora Marilu Campelo, a discriminação racial no Brasil ocorre de maneira sutil, no cotidiano das pessoas, marcando, profundamente, o lugar reservado à população negra em nossa sociedade. “Estudos revelam, por exemplo, que meninas negras estudam mais que meninos negros. Porém, no mercado de trabalho, elas ganham menores salários que os brancos. O cabelo é outro ponto. Há uma profusão de salões de beleza que oferecem alisamentos diversos, uma vez que os fios Black Power não se encaixam no padrão estético vigente”, destacou. “A discriminação transcende a questão escolar. E não se trata apenas de uma questão biológica, mas sim uma questão ideológica, que necessita de mecanismos eficazes de superação do racismo em nossa sociedade.”
Como o sistema de cotas já existe na UFPA, a intenção é que o processo seja aprimorado. “Ainda não temos turmas graduadas pelo atual sistema de cotas e, para saber o impacto da política pública, precisaríamos de duas ou três turmas formadas para ter noção da permanência do estudante na Instituição, do egresso e da estruturação no mercado de trabalho”, pontuou a professora Marilu. “Por isso, a importância da regulamentação.”
Avanço – O Norte é o que menos tem cotas para negros, segundo mapeamento feito pelo professor José Jorge de Carvalho, por meio do INCT. As vagas são maiores para povos indígenas, revela o estudo. Porém, a UFPA é referência na região, pois a maioria das universidades federais ainda não tem o sistema de cotas. Ele corrobora a ideia de que as cotas cor precisam ser separadas da cota escola. “Não precisa ser uma ou outra, podem ser as duas. Essa é a forma mais célere de reparar a discriminação racial, de diminuir a diferença entre as pessoas. Qualquer outra forma demoraria mais tempo e, talvez, o impacto fosse menor”, afirmou.
Serviço:
Audiência pública para discutir o Programa de Políticas de Ação Afirmativa na UFPA
Data: 29 de junho
Horário: A partir das 9h
Local: Auditório da Sege
Aberto ao público
Texto: Thaís Braga – Assessoria de Comunicação da UFPA
Foto: Alexandre Moraes